quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011




Desde a queda do presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, o Oriente Médio tem experimentado sucessivas manifestações populares que demonstram a insatisfação com seus governantes.


Na Tunísia, as manifestações contra o desemprego e a corrupção do governo da Tunísia começaram no fim de 2010 e se tornaram nacionais depois da morte de Mohamed Bouazizi, um analista em informática de 26 anos, desempregado e que se tornou vendedor ambulante. Depois que a polícia confiscou suas mercadorias na cidade de Sidi-Bouzid, Bouazizi se desesperou e botou fogo no próprio corpo, morrendo em seguida. Sidi-Bouzid se revoltou e, em seguida, protestos violentos foram registrados em outras cidades do interior, como Kasserine, Thala, Regueb e Jabeniana, até chegarem à capital. O levante culminou com a saída de Bem Ali, que esteve 23 anos no poder.


A população do Egito, inspirada pelos acontecimentos na Tunísia, saiu às ruas numa gigantesca manifestação contra o governo de Hosni Mubarak. Depois de 18 dias de manifestações, regadas com muita violência e mortes, finalmente o presidente egípcio anuncia sua renúncia.

Além do Egito, os levantes no mundo árabe inspirados no exemplo da Tunísia se espalharam por Jordânia, Iêmen, Líbia, Argélia, Mauritânia, Sudão e Omã.

Na Líbia, as manifestações populares estão sendo violentamente reprimidas pelas forças armadas, que atuam sob mando do ditador líbio, Muammar Gaddafi, no poder há 42 anos.

Gaddafi prometeu esmagar a revolta de forma implacável. Algumas de suas afirmações assustam:
"Morrerei como um mártir na terra de meus ancestrais".
"Lutarei até a última gota de meu sangue".
"Capturem os ratos. Tirem-nos de suas casas e acabem com eles, onde quer que estejam".

Todos esses acontecimentos causam preocupação geral, mesmo para aqueles que estão bem longe, assistindo pelos noticiários, ouvindo nas rádios ou navegando na internet, pois a globalização estende os efeitos da crise que acontece no mundo árabe para qualquer parte do mundo, seja por meio da alta no preço do petróleo, seja pela oscilação nas bolsas de valores. Some-se a isso a dor e a preocupação dos familiares que têm parentes naqueles países e torcem para que eles voltem logo para casa.

De qualquer forma, resta-nos mandar boas vibrações para todos aqueles que estão sofrendo com isso e para que toda essa violência tenha um fim e que o desfecho desses acontecimentos venha logo.



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